O Plano Nacional de Banda Larga demandará entre R$ 3 bilhões e R$ 14 bilhões até 2014, afirmou nesta quinta-feira Cezar Alvarez, coordenador de Inclusão Digital da Presidência da República. A estimativa da Presidência é bastante inferior ao plano do Ministério das Comunicações, que prevê R$ 79 bilhões de investimento.
Alvarez frisou que a reativação da Telebrás ainda não foi decidida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Volto a insistir que falar em Telebrás foi muito mais um eufemismo, um cacoete, que inclusive pode ter problemas na Comissão de Valores Mobiliários, na medida em que é uma empresa cotada com ações na Bolsa de Valores", afirmou.
Em uma reunião para discutir o plano de banda larga, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter a intenção de reativar a Telebrás. Estava presente na reunião o coordenador do programa Software Livre Brasil, Marcelo Branco, que divulgou aspas do presidente sobre a sua decisão de reativar a empresa.
Alvarez não descarta, contudo, a reativação da estatal. "É preciso uma empresa de gestão desses ativos [de fibras ópticas], com papel regulador, a partir principalmente da interconexão com as redes existentes. A reativação da Telebrás é uma das opções", afirmou.
A Telebrás, ou qualquer outra empresa gestora da rede de fibras, poderá atuar de forma competitiva no mercado. "Não queremos ser mais uma empresa competindo no mercado. Mas se é para que o mercado seja regulado de forma melhor, nós viramos um ator do mercado", disse Alvarez.
A proposta do plano de banda larga é que o governo intervenha onde o mercado está atuando de forma "imperfeita, monopolista e a preço exorbitante", nas palavras de Alvarez. "Temos um mercado imperfeito. A este mercado imperfeito, o governo vai tratar de ver os seus elementos regulatórios", disse.
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