Ataques a páginas do Facebook que foram criadas em homenagem a duas crianças australianas assassinadas geraram pressões sobre a rede social para que se responsabilize mais por seus usuários.
Especialistas em mídia social dizem que é natural que pessoas que usam sites como Facebook e MySpace como uma de suas principais formas de comunicação se voltem aos sites em busca de conforto após uma tragédia pessoal.
Esses sites memoriais frequentemente atraem milhares de amigos e simpatizantes, como no caso das páginas criadas em homenagem a Elliott Fletcher, 12, e Trinity Bates, 8, após suas mortes.
Os alunos da escola Brisbane College, no Estado de Queensland, se congregaram no site memorial criado após Fletcher ter sido morto em uma briga na escola há duas semanas, mas a página foi vandalizada com comentários ofensivos e imagens de pornografia infantil, entre outras.
O mesmo aconteceu em uma página criada em homenagem a Bates, que foi sequestrada em Budaberg, Queensland. Seu corpo foi encontrado na segunda-feira, próximo a um bueiro. Um adolescente, acusado de tê-la assassinado, também seria "amigo" dos pais da menina no Facebook.
"Incidente nojento"
A premiê do Estado de Queensland, Anna Bligh, apelou aos donos do site norte-americano para que descubram formas de impedir que esse tipo de ato ocorra novamente.
"Busco seus conselhos sobre se o Facebook pode fazer qualquer coisa para evitar que esse tipo de incidente nojento ocorra novamente", disse ela na carta.
Uma porta-voz do Facebook disse que o site tem regras para checar conteúdo e revisá-lo rapidamente depois de qualquer alerta sobre informações ofensivas ou ameaçadoras, pornografia e vídeos ou fotos violentas, e que removeria o conteúdo.
Além disso, segundo a porta-voz, os internautas que fizeram os ataques às páginas memoriais receberão um alerta ou terão suas contas desabilitadas.
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