terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Assinaturas de telefonia móvel devem passar de 5 bi neste ano

As assinaturas de telefonia móvel superarão a marca de cinco bilhões este ano, apesar da crise econômica, mas a Internet de alta velocidade continua a representar uma "fronteira digital" entre os países em desenvolvimento e os ricos, informou nesta terça-feira uma agência da ONU (Organização das Nações Unidas).
No final de 2009, havia 4,6 bilhões de assinaturas de telefonia móvel em todo o mundo, o que representa um índice de penetração de 67%, informou o relatório anual da União Internacional de Telecomunicações sobre o setor de tecnologias de informação e comunicação.
Nos países em desenvolvimento, o índice de penetração era de 57%, mais que o dobro dos 23% de 2005, enquanto nos países desenvolvidos a média supera os 100%, significando mais de uma assinatura de telefonia móvel por pessoa.
"A demanda pela telefonia móvel demonstrou forte persistência, e os consumidores estão dispostos a gastar sua receita disponível com serviços móveis mesmo em um período de restrições financeiras", afirmou a estatística Esperanza Magpantay a jornalistas sobre o relatório Measuring the Information Society 2010, que a UIT está lançando.
E a crise tampouco deve prejudicar os investimentos em prazo mais longo, à medida que as operadoras tentam se adequar à transição dos serviços de voz para os dados e à crescente importância da banda larga como fontes de receita, disse Vanessa Gray, da UIT.
"Elas tentarão ampliar sua receita ao investir em tecnologias como a banda larga e, caso considerem que a solução é viável, também em banda larga móvel", disse ela. "Não antecipamos necessariamente um impacto da crise sobre as tecnologias de informação e telecomunicações, nos próximos anos."
O crescimento na penetração de telecomunicação móvel e da Internet nos países em desenvolvimento foi influenciado, especialmente, pela expansão na Índia e China, sendo que esta última responde sozinha por um terço dos usuários de Internet nos países em desenvolvimento.

Nenhum comentário: