quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Comissão Europeia investiga manipulação em busca e anúncios do Google

A Comissão Europeia lançou uma investigação preliminar antitruste --práticas anticoncorrência-- sobre o mecanismo de busca do Google e sobre seu serviço de publicidade junto às buscas, informa o jornal Financial Times nesta quarta-feira (24).

O órgão europeu disse que contatou o Google cerca de duas semanas atrás para discutir sobre três queixas que recebeu.

Há queixas da Microsoft --que possui o buscador Bing-- sobre os preços do serviço de anúncios do Bing, que não estariam corretos.

Outras são da Foundem, serviço britânico de comparação de preços; e da ejustice.fr, mecanismo de busca sobre questões legislativas. Elas afirmam estar em um nível muito inferior nos resultados de busca.

Assim, acusam o Google de suposta manipulação de rankings nos resultados da busca --o que a empresa refuta, pois "o algoritmo faz o trabalho, não nós", segundo Julia Holtz, conselheira de competição da companhia.

"A hierarquia é por relevância", explica ela. "A empresa precisa melhorar seu site para que suba nas buscas."

Outras investigações

O Google já enfrentou investigações antitruste tanto na Europa como nos EUA; no entanto, nenhuma agência governamental havia até o momento feito uma investigação sobre seus serviços de busca e publicidade em si.

Em um post desta quarta-feira (24) no seu blog sobre políticas europeias, a empresa ressalta que "não nos surpreendemos por enfrentar mais questões" sobre competição local, porque "este tipo de investigação sempre ocorre quando você é uma grande empresa".

"No entanto", acrescenta a empresa, "sempre trabalhamos duro para assegurar que nosso sucesso seja conseguido da maneira correta --através de inovação tecnológica e grandes produtos, ao invés de travando nossos usuários ou anunciantes, ou criando barreiras artificiais".

No entanto, não há ainda uma investigação "formal" da Comissão Europeia. Uma decisão ou investigação oficial pode levar ainda meses para acontecer.

O Google lidera o mercado das buscas na Europa, com 90%. É uma participação ainda maior que nos EUA, com cerca de 80% estimados por analistas.

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