Os candidatos para o Prêmio Nobel da Paz 2010 incluem um grupo de direitos humanos da Rússia, um dissidente chinês e um objeto inanimado: a internet, segundo anunciaram pessoas que podem fazer indicações, na terça-feira (2).
A candidatura da internet foi proposta pela versão italiana da revista "Wired". A justificativa dada é que a ferramenta trouxe avanços para o "diálogo, debate e consenso completo da comunicação" e na promoção da democracia.
Os organizadores disseram que os signatários da petição que indica a internet incluem o Prêmio Nobel da Paz de 2003, o ativista iraniano exilado Shirin Ebadi --o que tornaria legítima a entrada da rede mundial.
Como as inscrições e indicações são mantidas em segredo até o final, o comitê que organiza o Nobel mantém a tradição de não dar qualquer tipo de pista --alguns competidores são mantidos em segredo por 50 anos.
Algumas nomeações, entretanto, são anunciadas por quem as faz. Aqueles com direito de nomeação incluem premiados pelo Nobel, membros de governos nacionais e legisladores, professores universitários seletos e outros.
Erna Solberg, líder do Partido Conservador da Noruega, indicou o grupo ativista em direitos humanos Svetlana Gannushkina, com o qual trabalhou.
Kwame Anthony Appiah, presidente do PEN American Center e professor de filosofia da Universidade de Princeton, disse em comunicado que ele havia nominado Liu Xiaobo, dissidente chinês preso, pela sua "distinção e princípios de liderança na área de direitos políticos e humanos e liberdade de expressão". O governo chinês vai tentar persuadir o júri a desconsiderar a inscrição.
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