segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Concorrência entre celulares inteligentes aperta em 2010, dizem analistas

A expansão na demanda por celulares inteligentes novos e mais baratos ajudou a alimentar uma recuperação no mercado de celulares como um todo, no final do ano passado, mas a rivalidade por uma participação nesse lucrativo negócio será feroz em 2010, com a chegada de muitos fabricantes novos ao mercado.

"O mercado de celulares inteligentes [smartphones] será muito competitivo em 2010", disse o analista Neil Mawston, do grupo de pesquisa Strategy Analytics (SA). "A guerra dos celulares inteligentes será boa notícia para os consumidores, mas a feroz competição inevitavelmente pressionará os preços e margens de lucro dos produtores", disse ele.
Os grupos sul-coreanos Samsung Electronics e LG Electronics, segundo e terceiro maiores fabricantes mundiais de celulares, planejam elevar fortemente suas vendas muito baixas no segmento de celulares inteligentes, enquanto novos concorrentes como Huawei e Dell reforçam suas linhas.
Menos lucros
"Um influxo de novos concorrentes, uma oferta excessiva de aparelhos e políticas de preço agressivas vão prejudicar as margens de lucro", disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight.
A HTC, quarta maior marca mundial de celulares inteligentes, informou na semana passada que será uma das primeiras a sofrer com a competição mais intensa, ao anunciar uma projeção de queda em sua margem bruta de lucro no primeiro trimestre de 2010.
"As companhias com oferta estreitamente integrada entre serviços e aparelhos --como Apple e RIM-- serão as vencedoras em 2010", disse Blaber.
A Strategy Analytics informou nesta segunda-feira (1º) que o mercado de celulares inteligentes cresceu 30% no quatro trimestre de 2009, ante o total do período um ano antes, com vendas de 53 milhões de unidades, o mais alto total já registrado.
O crescimento foi parte da recuperação geral do mercado no trimestre, graças à melhora na economia mundial. A SA estimou que o mercado de celulares tenha registrado alta de 10% ante o período em 2008, revertendo quatro trimestres de contração.

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