O Twitter fechou ontem uma parceria com o Ibope Media, unidade de
pesquisas de mídia do grupo Ibope, para criar um serviço capaz de
mensurar, além da audiência televisiva, o impacto de sua repercussão
on-line.
O ITTR (Ibope Twitter TV Ratings) será uma ferramenta para medir o
alcance de conversas e comentários trocados pelos usuários do Twitter
sobre o conteúdo que se passa na TV.
A métrica usada tem um algoritmo que captura tudo o que está sendo
falado no Twitter e analisa palavras-chave para identificar se a
conversa de seus usuários se refere a um programa de televisão que está
no ar.
O objetivo é medir quantos usuários estão simultaneamente tuitando sobre
o programa, quantos tuítes estão sendo enviados e quantas pessoas estão
de fato lendo tais mensagens, segundo as empresas.
"Vamos poder dizer para as emissoras, minuto a minuto, o que está
acontecendo com o total de pessoas que estão assistindo àquele programa e
o nível de engajamento que eles estão tendo por meio do Twitter", diz
Orlando Lopes, presidente-executivo do Ibope Media.
Trata-se de uma oportunidade para os produtores de TV e as agências
anunciantes direcionarem suas estratégias, segundo Guilherme Ribenboim,
diretor-geral do Twitter Brasil.
Alguns programas de pouca audiência podem ter grande interação em mídias
sociais, fato que pode ser levado em consideração pelo mercado
publicitário na tomada de decisões, de acordo com as empresas.
"O Twitter é uma plataforma aberta, ao vivo e muito aderente à TV, ou
seja, as pessoas assistem à TV e, em tempo real, conversam e comentam
sobre o que viram. É o maior sofá do mundo, porque você está assistindo a
uma final de novela ou a um jogo de futebol e há, ao mesmo tempo,
milhares de pessoas conversando sobre aquele conteúdo", diz Ribenboim.
Atualmente, 54% dos internautas assistem à TV e usam internet ao mesmo
tempo no Brasil. Desses, 38% comentam sobre o que estão assistindo,
segundo o Ibope. E 80% deles mudam de canal ou ligam a TV para ver uma
programação que foi sugerida ou comentada em uma mensagem recebida pela
internet.
As companhias, que não divulgam o valor do investimento feito na
ferramenta, estimam que o produto fique disponível para comercialização
antes do fim do ano. Mas não a tempo de ser usado para mensurar eventos
como Copa e eleições.
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