Crianças de duas vilas remotas do país africano, que jamais tiveram aulas e não sabem ler nem escrever, ganharam tablets da organização com programas pré-instalados para ver se elas eram capazes de se alfabetizarem por conta própria, de acordo com o MIT Technology Review.
O dispositivo usado foi o Motorola Xoom, que roda Android, com jogos de treinamento para ajudar na alfabetização, livros digitais, filmes, desenhos e outros programas. O fundador da OLPC, Nicholas Negroponte, afirmou que as primeiras observações foram bastante encorajadoras.
A cada semana técnicos da OLPC visitavam as vilas e trocavam os cartões de memória do tablet para checar como eles foram usados pelas crianças. Após meses de experiência, as crianças se tornaram heavy users dos dispositivos, aprenderam a "canção do alfabeto" e a escrever palavras por conta própria.
O mais impressionante, segundo Negroponte, foi o que aconteceu após cinco meses de uso do tablet. "Eles hackearam o Android!", afirmou o cientista norte-americano, "Alguém desativou a câmera do tablet e as crianças descobriram como fazer para reativá-la", contou. Elas também descobriram como fazer para personalizar o dispositivo, e, assim, o tablet de cada criança era diferente do outro, mesmo com o recurso tendo sido desabilitado pelos técnicos da OLPC.
Negroponte disse que, por mais que os resultados inicias tenham sido surpreendentes, ainda não é possível tirar uma conclusão de que é possível aprender a ler e escrever apenas com o uso da tecnologia.
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