quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Banda larga brasileira cresce 58% em um ano

A banda larga foi o serviço de comunicação que mais cresceu no terceiro trimestre de 2012, em comparação anual, com alta de 58% no período. O setor alcançou 83 milhões de conexões, sendo 63,6 mi de dispositivos móveis e 19,4 mi de fixos.

Depois da banda larga, o que mais cresceu foi a TV paga, com taxa de 29%, seguida por telefonia móvel (14%) e fixa (2%).


Os dados são da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), cujo levantamento mostra que as comunicações bateram 337 milhões de acessos no trimestre. Juntos, os segmentos ganharam 39 milhões de acessos do fim de setembro de 2011 ao deste ano, o que representa alta de 13%.

Houve aumento significativo na cobertura 3G, que cresceu 81%, chegando a mais 1.375 municípios - o que totaliza 3.066 cidades conectadas dessa forma. E a telefonia móvel registrou o maior crescimento em números absolutos, por conta da ativação de 31,6 milhões de linhas de celulares.

Crianças etíopes aprendem a mexer em tablet por conta própria

A organização One Laptop Per Child (OLPC, Um Laptop por criança) tem como objetivo disponibilizar computadores para crianças que não têm acesso a escolas, e um experimento feito pelo grupo na Etiópia mostra como a tecnologia pode ser importante na educação.

Crianças de duas vilas remotas do país africano, que jamais tiveram aulas e não sabem ler nem escrever, ganharam tablets da organização com programas pré-instalados para ver se elas eram capazes de se alfabetizarem por conta própria, de acordo com o MIT Technology Review.

O dispositivo usado foi o Motorola Xoom, que roda Android, com jogos de treinamento para ajudar na alfabetização, livros digitais, filmes, desenhos e outros programas. O fundador da OLPC, Nicholas Negroponte, afirmou que as primeiras observações foram bastante encorajadoras.

A cada semana técnicos da OLPC visitavam as vilas e trocavam os cartões de memória do tablet para checar como eles foram usados pelas crianças. Após meses de experiência, as crianças se tornaram heavy users dos dispositivos, aprenderam a "canção do alfabeto" e a escrever palavras por conta própria.

O mais impressionante, segundo Negroponte, foi o que aconteceu após cinco meses de uso do tablet. "Eles hackearam o Android!", afirmou o cientista norte-americano, "Alguém desativou a câmera do tablet e as crianças descobriram como fazer para reativá-la", contou. Elas também descobriram como fazer para personalizar o dispositivo, e, assim, o tablet de cada criança era diferente do outro, mesmo com o recurso tendo sido desabilitado pelos técnicos da OLPC.

Negroponte disse que, por mais que os resultados inicias tenham sido surpreendentes, ainda não é possível tirar uma conclusão de que é possível aprender a ler e escrever apenas com o uso da tecnologia.

Nexus 7 vende perto de 1 milhão de unidades por mês

Lançado em julho, o Nexus 7 é comprado por quase um milhão de pessoas a cada mês, afirmou o CFO da Asus, David Chang, ao Wall Street Journal.

O tablet feito pela fabricante taiwanesa em parceria com o Google ganhou um novo modelo nesta semana com mais capacidade (32GB) e possibilidade de conexão 3G por US$ 299.

Desde que chegou ao mercado, a Asus registrou um crescimento de quase 200% na venda de tablet e, de acordo com Chang, a procura pelo aparelho cresce a cada mês. "No começo, edram 500 mil unidades por mês, depois 600, 700 mil. No último mês, foi próximo de um milhão", afirmou.

Por mais que o Nexus 7 esteja vendendo muito bem, ele está bem longe do principal concorrente. O iPad vendeu 14 milhões de unidades no último trimestre e, na sexta-feira, 2, o iPad mini chega às lojas com a possibilidade de conquistar o mercado do tablet da Asus - os aparelhos com telas menores e mais baratos.

Saraiva quer vender seu comércio eletrônico, diz agência

Maior rede de livrarias do Brasil, a Saraiva tenta vender seu segmento de comércio eletrônico, de acordo com a Reuters. O negócio inclui seu acervo de livros digitais, atualmente o maior do país.

Fontes disseram à agência que a ideia da Saraiva é se focar exclusivamente nos negócios relacionados à cadeia de 102 lojas físicas, que são mais lucrativas do que o comércio virtual. Outro ponto é dar mais atenção à sua editora.

Embora seja dona da maior coleção digital do Brasil, com 12 títulos nacionais, a Saraiva não tem tanto retorno do segmento, que vende R$ 500 mil por mês. Somadas, todas as vendas online da empresa representam 33% das operações de varejo, sendo que ainda apresentaram queda anual no segundo trimestre.

As informações coincidem com outra especulação, surgida no começo do mês, de que a Amazon iria comprar a Saraiva inteira para finalmente iniciar as operações no Brasil.

Em relação a isso, uma das fontes da Reuters disse que "o principal desafio para a Amazon será, inicialmente, superar o obstáculo das editoras. Ao adquirir (as operações) da Saraiva, ela encurtaria essa distância de forma significativa". "Os ativos (da Saraiva) em termos de relacionamento com editoras e distribuidoras podem ser importantes para a Amazon", completou.

Panasonic diz que vai perder US$ 9,6 bilhões no ano

A Panasonic avisou nessa quarta-feira, 30, que deve ter prejuízo de 765 bilhões de ienes (US$ 9,6 bi) no ano fiscal que termina em março de 2013. Se a previsão se concretizar, será a quarta perda em cinco anos, acumulando deficit de quase US$ 25 bilhões.

A companhia, segundo a Reuters, está limpando seu balanço de ativos de risco, fazendo baixas contábeis que alcançam cifras bilionárias em ativos intangíveis e partes das unidades de energia e de seu negócio móvel. Isso tudo acompanha os planos de reestruturação preparados pelo novo presidente da Panasonic, Kazuhiro Tsuga.

Esperava-se que a empresa fosse registrar lucro líquido de 50 bilhões de ienes, mas a meta do lucro operacional foi cortada de 260 bilhões de ienes para 140 bilhões. A Panasonic informou ainda que realizará uma baixa contábil de 238 bilhões de ienes relacionada à unidade móvel e aos negócios de painéis solares e pequenas baterias de lítio - usadas em PCs e smartphones.

As vendas de smartphones serão interrompidas na Europa e a companhia vai suspender os planos de investimento na unidade solar da Malásia, além de consolidar a produção doméstica de baterias. Em abril começa a diminuição no número de unidades, que vai dos atuais 88 para 56.

Microsoft promete devolver dinheiro de quem pagou a mais por Windows 8

Após informar que a atualização para o Windows 8 Pro custaria R$ 69, mas começar a vendê-lo por R$ 83, a Microsoft anunciou nesta terça (30) que irá devolver todo o dinheiro dos consumidores que adquiriram o software com preço errado.
De acordo com a nota, os consumidores terão ressarcimento por meio do mesmo modo de pagamento que utilizaram para comprar o Windows 8. Ainda segundo a empresa, a licença adquirida não será afetada pela devolução do dinheiro, que deve acontecer em até 30 dias.
Tela do Windows 8; donos de PCs podem baixar a versão Pro por R$ 69 no site da empresa
O Procon disse que a Microsoft será notificada pelo erro, que foi corrigido um dia após ter sido detectado, e de o site ter ficado fora do ar por algumas horas.
Leia a íntegra da nota abaixo.
*
A Microsoft informa que reembolsará integralmente os clientes que adquiriram no site de Windows a versão para download da licença de atualização (upgrade) do Windows 8 Pro por um valor acima do valor anunciado de R$ 69,00.
A restituição do valor será feita pelo mesmo método de pagamento escolhido pelo cliente no momento da aquisição e ocorrerá até o fechamento da próxima fatura - no caso de pagamento feito via cartão de crédito --ou em até 30 (trinta) dias-- se foi feito via PayPal.
A operação de reembolso não afetará a licença do Windows 8 Pro adquirida por tais clientes no dia 26 de outubro último.
Eventuais dúvidas poderão ser direcionadas ao atendimento a clientes da Microsoft no telefone 0800-047-4688, de segunda a sexta, das 9h às 18h.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

TIM fecha parceria para fornecer 4G com Ericsson, Huawei e Nokia Siemens

A TIM anunciou parceria com as empresas Ericsson, Huawei e Nokia Siemens para fornecer serviço 4G de telefonia celular no Brasil.
A operadora deverá oferecer infraestrutura de suporte à rede 4G, primeiramente, nas cidades que vão sediar a Copa das Confederações, que acontece em junho do ano que vem: Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Salvador (BA). A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deu prazo para que o serviço esteja funcionando até abril de 2013.
"Faremos o que for possível para antecipar essa data", disse à Folha o diretor de suprimentos e logística da Tim Brasil, Daniel Hermeto.
A rede 4G deverá ser ampliada para as cidades que sediarão a Copa do Mundo em 2014
--São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Manaus (AM) e Natal (RN).
Essa não é a primeira parceria entre as fornecedoras e TIM. No ano passado, a empresa de tecnologia móvel fechou contrato de três anos com Ericsson, Huawei e Nokia Siemens para ampliar a infraestrutura das redes GSM e 3G.
É estimado que a rede 4G possibilite uma navegação 10 vezes mais rápida para dispositivos móveis que a atual 3G.
O contrato entre a TIM e as fornecedoras de tecnologia 4G é firmado após a empresa participar de leilão promovido pela Anatel, em junho deste ano, quando investiu cerca de R$ 400 milhões na compra de lotes que permitem a implementação da rede.
Na ocasião, Claro, Oi, Vivo, Sky e Sunrise também compraram lotes.
Na semana passada, a Oi anunciou que deverá inaugurar sua rede 4G até dezembro deste ano, no Rio de Janeiro, e em março de 2013, em São Paulo. A Oi também informou que, até junho de 2013, sua infraestrutura 4G deverá ser suficiente para atender as cidades sedes da Copa das Confederações.

Executivo demitido da Apple recusou-se a pedir desculpas por novos mapas, diz jornal

A demissão de Scott Forstall, antigo responsável pelo software da Apple, deu-se em grande parte porque o executivo não assinou um pedido de desculpas público pelo fiasco do aplicativo de mapas do iOS 6, versão atual do sistema de iPad e iPhone, segundo o "New York Times".
A informação é reiterada por reportagens publicadas pela rede CNN, pelo "Wall Street Journal" pelo site "The Verge".
Scott Forstall, antigo vice-presidente sênior de software para dispositivos móveis da Apple, durante evento
Na carta, assinada pelo presidente-executivo Tim Cook e divulgada no mês passado, a empresa se retrata pelo mau funcionamento do Maps, app desenvolvido pela Apple para substituir o serviço de localização embutido no iPhone, que era fornecido pelo Google desde a primeira versão do celular.
Forstall teria se recusado a firmar a mensagem por considerar um "exagero" a maneira como o problema estava sendo tratado. Em seguida, foi "convidado a deixar" a empresa.
O aplicativo de mapas do iOS 6 apresenta informações erradas, como nomes de vias e locais públicos, além de imagens distorcidas --problemas que não eram relatados com o app do Google.
Fostall era uma figura controversa dentro da empresa americana, segundo as publicações, e havia informalmente se tornado o representante do iOS, já que era encarregado do desenvolvimento do sistema.
A CNN diz que o executivo é um desafeto de Jony Ive, o chefe de design da Apple e um dos nomes mais fortes dentro da companhia atualmente, o que também teria motivado parcialmente sua saída.
Segundo o "Wall Street Journal", Forstall era "apadrinhado" por Steve Jobs, e seu nome era cotado como um dos possíveis sucessores de Jobs no comando da companhia.
Forstall (dir.), conversa com Steve Jobs, então presidente-executivo da Apple, durante evento da empresa
A "mudança gerencial", como definiu a Apple, foi anunciada pela empresa nesta segunda (29).
As responsabilidades de Forstall serão divididas por quatro executivos. John Browett, executivo responsável por vendas no varejo, também teve sua demissão publicada na segunda.

Executivo da Apple foi demitido por não assinar carta aberta, diz jornal

A demissão de Scott Forstall, antigo responsável pelo software da Apple, deu-se em grande parte porque o executivo não assinou um pedido de desculpas público pelo fiasco do aplicativo de mapas do iOS 6, versão atual do sistema de iPad e iPhone, segundo o "New York Times".
Scott Forstall, antigo vice-presidente sênior de software para dispositivos móveis da Apple, durante evento
A informação é reiterada por reportagens publicadas pela rede CNN, pelo "Wall Street Journal" pelo site "The Verge".
Na carta, assinada pelo presidente-executivo Tim Cook e divulgada no mês passado, a empresa se retrata pelo mau funcionamento do Maps, app desenvolvido pela Apple para substituir o serviço de localização embutido no iPhone, que era fornecido pelo Google desde a primeira versão do celular.
Forstall teria se recusado a firmar a mensagem por considerar um "exagero" a maneira como o problema estava sendo tratado. Em seguida, foi "convidado a deixar" a empresa.
O aplicativo de mapas do iOS 6 apresenta informações erradas, como nomes de vias e locais públicos, além de imagens distorcidas --problemas que não eram relatados com o app do Google.
Fostall era uma figura controversa dentro da empresa americana, segundo as publicações, e havia informalmente se tornado o representante do iOS, já que era encarregado do desenvolvimento do sistema.
A CNN diz que o executivo é um desafeto de Jony Ive, o chefe de design da Apple e um dos nomes mais fortes dentro da companhia atualmente, o que também teria motivado parcialmente sua saída.
Segundo o "Wall Street Journal", Forstall era "apadrinhado" por Steve Jobs, e seu nome era cotado como um dos possíveis sucessores de Jobs no comando da companhia.
Forstall (dir.), conversa com Steve Jobs, então presidente-executivo da Apple, durante evento da empresa
A "mudança gerencial", como definiu a Apple, foi anunciada pela empresa nesta segunda (29).
As responsabilidades de Forstall serão divididas por quatro executivos. John Browett, executivo responsável por vendas no varejo, também teve sua demissão publicada na segunda.

Após fiasco de aplicativo de mapas, Apple demite executivos de software e de vendas

O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, anunciou na segunda (29) a saída dos chefes das unidades de software e varejo na maior reorganização executiva em uma década após problemas com o novo programa de mapeamento da companhia e resultados trimestrais decepcionantes.
Os movimentos, que vêm pouco mais de um ano após a posse de Cook, foram descritos pela empresa como uma forma de aumentar a "colaboração" entre seus negócios de hardware, software e serviços de negócios.
O chefe de software, Scott Forstall, um dos arquitetos originais do sistema operacional Mac e chefe do software do smartphone da companhia, deixará a empresa no próximo ano e até lá irá trabalhar como consultor para Cook.
Os críticos do fracasso com o programa de mapas, que levou Cook a se desculpar com os consumidores, pediram a saída de Forstall.
Scott Forstall, executivo da Apple, enquanto apresentava as características do app de mapas do iOS 6
A Apple informou que já está em andamento uma busca para um novo chefe de varejo para substituir John Browett e que a equipe de varejo se reportaria diretamente a Cook.
Browett havia irritado o pessoal de varejo, quando decidiu reduzir o número de empregados do setor.
Na semana passada, a Apple entregou resultados financeiros decepcionantes pelo segundo trimestre consecutivo, e as vendas do iPad ficaram aquém das metas de Wall Street.

Coleta de dados por aplicativos envolve incertezas judiciais

Angry Birds, o aplicativo pago mais vendido para o iPhone nos Estados Unidos e Europa, foi baixado mais de 1 bilhão de vezes por jogadores entusiásticos de todo o mundo, que muitas vezes dedicam horas a arremessar passarinhos ruidosos contra grupo de porcos ladrões de ovos.
Embora os jogadores comuns conheçam as qualidades destrutivas específicas de alguns desses pássaros, muitos não estão cientes de uma faceta: o jogo tem grande capacidade de recolher informações pessoais sobre seus usuários.
Quando Jason Hong, professor associado do Instituto de Interação Ser Humano-Computador, na Universidade Carnegie Mellon, entrevistou 40 usuários, apenas dois deles sabiam que o jogo armazenava dados sobre sua localização, usados posteriormente para encaminhar a eles publicidade dirigida.
"Quando faço palestras sobre isso, há pessoas que pegam os celulares e apagam o jogo na hora", disse Hong, especialista em privacidade nos aplicativos móveis, em entrevista. "Em termos gerais, a maioria das pessoas desconhece o que está acontecendo".
Quanto mais pessoas passam a usar apps, mais os marqueteiros buscam maneiras de monetizá-los
E o que está acontecendo, de acordo com especialistas, é que aplicativos como o Angry Birds e outros softwares que parecem ainda mais inócuos, como aqueles que transformam o celular em lanterna, oferecem definições de dicionário ou oferecem citações da Bíblia, em muitos casos também estão recolhendo informações pessoais, em geral sobre a localização e sexo do usuário, bem como o número de identificação do celular inteligente. Mas em certos casos eles também coletam informações de listas de contato e fotos das galerias de imagens.
Com a transição da internet para os aparelhos móveis, as questões de privacidade dos apps para celulares ganharam destaque no debate sobe que informações podem ser coletadas, quando e por quem. No ano que vem, mais pessoas terão acesso à internet via smartphones e tablets do que por meio de computadores pessoais, de acordo com o grupo de pesquisa Gartner.
A mudança deixa os consumidores em uma área de indefinição jurídica, na qual as proteções existentes à privacidade não acompanharam bem a evolução da tecnologia.
O avanço da internet móvel deflagrou um debate entre os ativistas da privacidade e as empresas on-line, que consideram que o acúmulo de informações pessoais serve como espinha dorsal a uma internet na qual a publicidade é a principal fonte de receita.
Nos Estados Unidos, as práticas de coletas de dados dos produtores de apps são pouco regulamentadas, se é que o são; alguns deles nem mesmo revelam que dados estão recolhendo, e para que fim.
POR MAIS TRANSPARÊNCIA
Em fevereiro deste ano, Kamala Harris, secretária da Justiça da Califórnia, chegou a um acordo com seis grandes operadoras de plataformas de aplicativos móveis para que estas vendam ou distribuam apenas apps cujas normas de privacidade possam ser revisadas pelos usuários antes do download.
Ao anunciar o acordo voluntário com a Amazon, Apple, Google, Hewlett-Packard, Microsoft e Research in Motion, cujas plataformas de distribuição respondem pela maior parte do mercado norte-americano de aplicativos móveis, Harris ressaltou que a maioria dos aplicativos móveis não divulgava normas de privacidade.
"O custo de usar um aplicativo móvel não deveria ser a perda de privacidade", ela declarou quando do acordo.
Mas a simples revelação de normas não basta, por si só.
O Twitter (aplicativo na foto) mostra propagandas entre os textos enviados por usuários
A Rovio Entertainment, da Finlândia, produtora do Angry Birds, revela suas normas de coleta de dados em um texto de 3.358 palavras disponível em seu site. Mas como no caso da maioria dos produtores de aplicativos em todo o mundo, o aviso da Rovio serve mais para evitar responsabilidade do que para informar positivamente.
A companhia aconselha os usuários que não desejem que seus dados sejam recolhidos ou que publicidade personalizada seja dirigida a seus aparelhos a visitar o site da Flurry, a companhia que analisa os dados recolhidos por ela, e que registrem seus dados em dois sites setoriais que compilam listas de usuários que não desejam que dados sobre eles sejam recolhidos. Mas a empresa finlandesa aponta que nem todas as companhias respeitam essas listas de restrição voluntária.
Como último recurso, a Rovio aconselha aqueles que desejam evitar coleta de dados a não utilizar seu produto: "Se você quer ter certeza de que publicidade relacionada a comportamento não lhe seja dirigida, por favor não use ou acesse nossos serviços".
A despeito de múltiplos pedidos de entrevista, por telefone e pela internet durante cinco dias, a Rovio não respondeu minhas perguntas.
'LI E CONCORDO'
Práticas de privacidade como as da Rovio pouco fazem por informar o consumidor. A maioria das pessoas clica nas autorizações sem ler o texto, diz Hong, da Carnegie Mellon. O instituto em que ele trabalha está desenvolvendo uma ferramenta de software chamada App Scanner cujo objetivo é ajudar os consumidores a identificar que tipo de informação um aplicativo recolhe, e para que provável propósito.
As revisões propostas na regulamentação de proteção de dados da União Europeia, agora em debate nos comitês de liberdades civis, justiça e assuntos internos do Parlamento Europeu, requereriam que as empresas de Web obtenham consentimento explícito dos usuários antes de recolher dados. Uma proposta também daria aos consumidores a capacidade de escolher que informação uma loja de aplicativos pode deter sobre eles, sem restringir sua capacidade de usar o software que ela fornece.
Mas a redação dessas cláusulas revisadas, que só devem entrar em vigor no final de 2013, ou ainda mais tarde, levou as empresas mundiais de tecnologia, a maioria das quais sediadas nos Estados Unidos, a empreender um esforço de lobby por normas menos rigorosas de consentimento, para não prejudicar a os modelos de negócios sustentados por publicidade que bancam muitos aplicativos gratuitos.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Steam dá desconto em 58 jogos 'apavorantes' por causa do Halloween

O Steam, plataforma de distribuição de jogos digitais da Valve, reduziu o preço de 58 jogos em comemoração ao Halloween.
Games "assustadores, apavorantes, aterrorizantes e medonhos", com diz a descrição no sito, estão com descontos entre 50% e 75%. "Left 4 Dead 2" foi de US$ 19,99 para US$ 4,99, mesmo preço de "BioShock" e "BioShock 2".
"Left 4 Dead 2", um dos games que está com desconto no Steam
O indie "They Bleed Pixels", inspirado em histórias de terror de H. P. Lovercraft, está por US$ 3,99 (redução de 66% sobre o preço original). "Limbo", outro independente muito elogiado pela crítica, pode ser comprado pela bagatela de US$ 2,99 (antes custava US$ 9,99).
A promoção do dia das bruxas começou nesta segunda-feira (29) e vai até a próxima quinta (1).

Microsoft aposta em novos apps e recursos para Windows Phone 8 crescer entre celulares

A Microsoft apresentou novidades do Windows Phone 8, seu novo sistema operacional para celulares, em evento em San Francisco nesta segunda-feira (29).
Joe Belfiore, vice-presidente da empresa e diretor de Windows Phone, começou a apresentação falando sobre novos aplicativos e recursos.
Segundo a Microsoft, a Windows Store já reúne mais de 120 mil aplicativos. Pouco, se comparado ao Google Play, que já tem cerca de 650 mil apps para Android, e à App Store, que oferece por volta de 700 mil apps para iOS.
Nokia Lumia 920, celular com Windows Phone 8
Para ganhar mais espaço nesse mercado, a empresa aposta em aplicativos famosos. No evento em San Francisco, ela apresentou uma série de programas adaptados ao Windows Phone 8 e disse que 46 dos 50 apps mais populares em plataformas rivais terão versões para o novo sistema.
Um novo app de Facebook permitirá colocar notificações, eventos e fotos da rede social na tela de bloqueio. Twitter, "Words with Friends" e "Draw Something" são outros títulos que ganharão novas versões para o Windows Phone 8.
O novo app do Skype funcionará de modo permanente, permitindo enviar e receber ligações e mensagens a qualquer hora. O Pandora, popular serviço de música por streaming, será oferecido com um ano de transmissão sem propaganda.
NOVOS RECURSOS
Além de aplicativos, a Microsoft apresentou novos recursos embutidos no Windows Phone 8.
Um deles é o Data Sense, desenvolvido para o usuário ter mais controle sobre o seu uso de dados quando conectado à internet pela rede do celular. Além de informar o consumo de cada aplicativo, ele procura hotspots wi-fi ao redor e comprime as páginas da web visitadas, diminuindo a quantidade de dados transferida e permitindo navegar até 45% a mais usando o mesmo plano, segundo a Microsoft.
O Kid's Corner é uma interface especial para crianças. Os pais podem personalizar um ambiente apenas com aplicativos e funções que julguem seguros para seus filhos. Assim, estes podem usar o aparelho dos pais e ter acesso apenas a recursos predefinidos.
O Rooms permite montar grupos de usuários para facilitar o compartilhamento de conteúdo. Assim, você pode exibir determinadas fotos apenas para um grupo predeterminado, em vez de selecionar um a um as pessoas que podem ver as imagens.
Fotos tiradas com a câmera do celular poderão ser transmitidas automaticamente para o SkyDrive, serviço de armazenamento em nuvem da Microsoft, permitindo sua visualização em diversos aparelhos.
APARELHOS
Steve Ballmer, CEO da Microsoft, subiu ao palco para apresentar aparelhos da Nokia, da HTC e da Samsung com Windows Phone 8.
O Nokia Lumia 920, o HTC 8X e o Samsung Ativ S foram os principais modelos exibidos. A empresa finlandesa terá ainda os modelos Lumia 822, 820 e 810, enquanto a sul-coreana terá o Ativ Odyssey.
Eles devem chegar em novembro ao mercado norte-americano.
WINDOWS 8
Na semana passada, a Microsoft lançou oficialmente o Windows 8, seu novo sistema para computadores, e seu tablet Surface, que usa o Windows RT, sistema voltado para dispositivos móveis de plataforma ARM. Os dois sistemas permitirão uma forte integração a aparelhos com Windows Phone 8.
O novo sistema para celular ainda terá suporte a chips com múltiplos núcleos --diferentemente da versão atual, que suporta apenas chips com núcleo único.
A tela inicial do Windows Phone 8 será mais personalizável: se você usa muito SMS, por exemplo, o tamanho do bloco dinâmico dessa função ("tile", em inglês) poderá ocupar mais espaço. O usuário poderá escolher entre três tamanhos para os ícones.
À esq., tela do Windows 8; à dir., o Windows Phone 8
O sistema também suportará outras resoluções, além da de 800x480 pixels. Aparelhos com Windows Phone 8 podem ter 1.280x768 e 1.280x720. De acordo com a Microsoft, todos os aplicativos vão rodar normalmente no novo sistema e nas novas resoluções de tela.
O sistema de mapas será da Nokia, que funcionará mesmo se o celular estiver off-line.
Outra novidade é que o Windows Phone 8 terá suporte ao NFC (Near Field Communication), tecnologia para comunicação sem fio, de curta distância, entre dispositivos. Como uma das funções mais importantes do padrão é utilizá-lo para pagamentos, o WP 8 virá com uma carteira virtual embarcada.
A nova versão do navegador da empresa, o Internet Explorer 10, virá junto com o sistema contará com a tecnologia SmartScreen de "anti-phishing", para proteger os usuários de ameaças virtuais.
A Microsoft disse que usuários da versão 7.5 do sistema, de codinome Mango, lançado em setembro do ano passado, não poderão atualizar para a versão 8. Algumas funções novas poderão ser aproveitadas no Windows Phone 7.8.

Google lança smartphone Nexus que recarrega bateria sem fio

O Google lançou nesta segunda (29) três novos produtos da linha Nexus, sendo um smartphone --produzido em parceria com a LG-- e dois tablets. Os equipamentos vêm com a versão mais recente do Android, a 4.2 Jelly Bean.
Primeiro celular feito em parceria com a LG, já que as versões anteriores foram produzidas por HTC e Samsung, o Nexus 4 tem processador de quatro núcleos e tela de 4,7 polegadas, com 320 pixels por polegada --pouco menos que os 326 pixels por polegada que as telas Retina da Apple têm.
Uma das principais novidades do aparelho é a possibilidade de recarregar sua bateria sem fios. Para tanto, o Nexus 4 vem com uma espécie de dock no qual o dono do celular coloca o aparelho em cima, sem nenhuma conexão física. Em versões com 8 Gbytes e 16 Gbytes de memória interna, o lançamento custará de US$ 299 a US$ 349 nos EUA.
O Google preparou uma propaganda para mostrar os lançamentos em ação. Assista abaixo.

Também equipadas com Android 4.2 Jelly Bean, as novas versões do Nexus 7 e do Nexus 10 têm telas com 300 pixels por polegada, assim como o "irmão menor". O novo sistema operacional permite que sejam instalados vários perfis de usuário num mesmo tablet --tornando-os, segundo o Google, "os primeiros tablets realmente compartilháveis".
Na versão com tela de 7 polegadas, os preços variam de US$ 199 (16 Gbytes, apenas wi-fi) a US$ 299 (32 Gbytes, 3G). Já o Nexus 10 tem preços que vão de US$ 399 (16 Gbytes, 3G) a US$ 499 (32 Gbytes, 3G).

Samsung vende mais que o dobro de smartphones que Apple no 3º trimestre

A Samsung ampliou sua liderança no mercado global de smartphones no terceiro trimestre deste ano e vendeu mais que o dobro de aparelhos que a sua rival Apple, segundo a empresa de pesquisas Juniper Research.
A fabricante sul-coreana vendeu 56,3 milhões de aparelhos entre julho e setembro deste ano, 109% a mais que a sua principal concorrente, a Apple, que comercializou 26,9 milhões de iPhones no mesmo período.
Samsung Galaxy S 3, smartphone topo de linha da empresa sul-coreana, que é líder no mercado de celulares
Um dos destaques da Samsung foi o Galaxy S 3, aparelho que respondeu por 18 milhões dos smartphones vendidos no trimestre pela empresa (32% do total).
Apesar da grande distância entre as empresas, a consultoria projeta que a Apple recupere participação neste último trimestre, com o período das festas de fim de ano e o lançamento do iPhone 5.
iPhone 5, anunciado em 12 de setembro de 2012; aparelho deve melhorar vendas da Apple no 4º trimestre deste ano
Além das duas rivais, que cada vez mais concentram a disputa no mercado de smartphones, a Juniper também destacou a manutenção da tendência de perda de participação da Nokia e da RIM (Research In Motion), que faz o BlackBerry, duas fabricantes que já dominaram o mercado de celulares no passado.
A Nokia vendeu 6,3 milhões de aparelhos no trimestre passado, um desempenho 63% inferior ao mesmo período de 2011. As vendas da RIM, por sua vez, totalizaram 7,7 milhões de unidades.
Outra sul-coreana foi destaque no levantamento. A LG vendeu 7 milhões de telefones no trimestre e registrou crescimento de 24% na comparação anual.

Google cancela evento em Nova York por causa de furacão

O Google cancelou o evento sobre Android que estava agendado para hoje às 10h da manhã em Nova York (12h no horário de Brasília). O motivo foi o furacão Sandy, que chega à cidade nesta segunda-feira. Ainda não há uma nova data para o evento.
Era esperado que a empresa apresentasse uma nova linha de tablets Nexus (poucos dias após o lançamento do iPad mini, da Apple, e do Surface, da Microsoft) e novidades sobre smartphones da companhia.
Todo o sistema de transporte público da área metropolitana de Nova York, onde vivem cerca de 19 milhões de pessoas, está fechado, assim como parques e escolas. Áreas costeiras foram esvaziadas, e a Bolsa ficará fechada em caráter excepcional pela primeira vez desde 11 de setembro de 2001.
Também foram cancelados pelo menos 7.400 voos procedentes ou com destino à costa leste americana até terça-feira (30).

Aplicativos de celular "seguem" e monitoram pacientes

Para muitos pacientes com condições médicas crônicas, como dor, depressão ou diabetes, o padrão é previsível: quanto mais eles sofrem, mais se retraem. Muitos só chegam ao médico se estiverem em crise.
Agora, surge uma solução da era digital: um aplicativo de celular que vai atrás do paciente, observando seus deslocamentos e a frequência com que ele faz ligações ou envia mensagens de texto.
O aplicativo usa a tecnologia de GPS para acompanhar a localização e o movimento da pessoa. Se os hábitos do paciente se desviam do habitual, sugerindo seu afastamento, o aplicativo avisa o médico.
"É um sistema que tem o potencial de prevenir crises", disse Michael Seid, professor de pediatria do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati. Desde o ano passado, 15 pacientes com problemas gastrointestinais participam de um teste. Os resultados, até agora, indicam que alguns deles claramente mudam seus padrões de comunicação e movimento antes do surgimento de sintomas severos.
"Quando a sua dor aumenta, você fica menos propenso a ir ao parque ou ao shopping", disse Seid.
O software ainda está em teste. Mas pesquisadores e especialistas em saúde mental dizem que ele se mostra promissor em captar alterações comportamentais que indiquem que alguém tenha deixado de tomar seu remédio ou que precise de uma alteração na dosagem.
Adam Kaplin, professor de psicologia e neurologia da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, disse que está preocupado com a nova tecnologia. "Mas posso dizer, enfaticamente, que eles acertaram no fato de que existe a necessidade de identificar essas pessoas antes que elas caiam na toca do coelho."
Kaplin teme, por exemplo, os falsos alertas, ou seja, quando pessoas não estão deprimidas nem com dor, apenas querem um tempo para si ou estão gripadas. Além disso, afirma, os pacientes podem se sentir excessivamente monitorados.
As empresas e pesquisadores responsáveis pela tecnologia dizem ques estão preocupadas com a privacidade. Mas observam que é preciso haver consentimento dos pacientes.
Um dos principais centros de pesquisa nesse campo é o Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde Alex Pentland, professor de dinâmica humana, supervisiona o programa. Ele diz que a ideia de coletar movimentos e comunicações do paciente pode dar aos médicos uma noção mais precisa do comportamento da pessoa do que apenas escutar as suas descrições.
"Não é só que os humanos sejam ruins nisso, eles são péssimos e tendenciosos de muitas maneiras", diz ele sobre a autoavaliação do paciente.
A Cogito, empresa vinculada ao Laboratório de Mídia do MIT, começou a testar a tecnologia no Sistema de Saúde da Administração de Veteranos em Boston. O objetivo é mensurar se um soldado pode estar desenvolvendo o transtorno do estresse pós-traumático, segundo Joshua Feast, fundador da Cogito.
Deborah Estrin, professora de ciência da computação na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, está estudando se dados obtidos em celulares são capazes de indicar quando um paciente com dor crônica se tornou repentinamente sedentário.
Estrin disse que o trabalho abre possibilidades de tratamentos individualizados com base no padrão de comportamento de cada paciente.
"Estou muito animada, mas há trabalho a ser feito", afirmou ela, acrescentando: "Se a saúde fosse fácil, não seríamos tão doentes".

Dotcom anuncia que seu novo projeto na internet será "gratuito" e "legal"

O fundador do Megaupload, Kim Dotcom, afirmou nesta segunda-feira que seu novo projeto na internet, chamado Megabox e que será lançado em 19 de janeiro, será fácil de utilizar, "gratuito" e "legal".
Dotcom --que está em liberdade condicional na Nova Zelândia à espera do início o março próximo de seu julgamento de extradição para os Estados Unidos, que o acusam de pirataria informática e outros delitos-- criou uma conta na rede social Facebook para seu novo portal Megabox.
"Aqui está o novo Megabox com espaço ilimitado para sua música", anunciou Dotcom nas imagens no Facebook junto à promessa de que o novo serviço será "de graça, fácil e legal".
Na sexta-feira passada, o empresário alemão anunciou no Twitter o lançamento do "novo Mega", justamente quando se completava o aniversário da batida em sua residência que terminou com sua detenção.
Kim Dotcom na Nova Zelândia
O próprio Dotcom também publicou uma foto aérea de sua mansão situada nos arredores da cidade de Auckland, onde foi detido junto com outros três empresários do Megaupload em 19 de janeiro passado (20 na Nova Zelândia), na operação que também incluiu detenções na Europa, o fechamento do portal, o confisco de seus bens e o congelamento de suas contas.
No entanto, o lançamento do Megabox poderia pôr em perigo a liberdade condicional de Dotcom ou poderia abrir a porta para que ele seja acusado de novo, informou o portal Computerworld New Zealand, ao citar documentos judiciais apresentados na semana passada pelo Departamento de Justiça americana.
Dotcom assegurou em uma declaração jurada na Nova Zelândia que não tinha previsto relançar o Megaupload ou serviços similares até que o processo judicial contra si fosse resolvido.
Seu advogado nos EUA, Ira Rothken, considerou que, aparentemente e pela segunda vez, os EUA estão atacando uma nova tecnologia antes de investigá-la completamente, após assegurar que seu cliente é inocente.