A Apple nunca trabalhou com a Agência de Segurança Nacional (NSA, na
sigla em inglês) dos Estados Unidos e não tem conhecimento de tentativas
de espionagem de seus smartphones, afirmou a empresa em resposta a uma
reportagem de que a agência teria desenvolvido um sistema para hackear e
monitorar iPhones.
A revista alemã "Der Spiegel" afirmou nesta semana que uma unidade
secreta da NSA, que está sendo fortemente criticada pela extensão e
profundidade de seus programas de espionagem em todo o mundo,
desenvolveu um processo e um programa especializados para se infiltrar e
controlar uma infinidade de dispositivos de computação, incluindo
telefones móveis.
A reportagem incluiu um gráfico da NSA datado de 2008 que delineou um
sistema em desenvolvimento chamado DROPOUTJEEP, descrito como um
"programa implante" que permite aos infiltrados monitorar e recuperar
dados de iPhones, como listas de contatos. A revista se referiu a ele
como um "trojan", ou programa mal-intencionado que ajuda hackers a
entrar em sistemas protegidos.
A reportagem, publicada no domingo, não sugere que a Apple tenha
colaborado com a agência de espionagem dos Estados Unidos no
desenvolvimento de programas do tipo.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (31), a NSA não se pronunciou
sobre qualquer alegação específica, mas disse que o seu interesse "em
qualquer tecnologia é impulsionado pelo uso dessa tecnologia em alvos de
inteligência estrangeiros."
"Os Estados Unidos perseguem sua missão de inteligência com cuidado para
garantir que os usuários inocentes dessas mesmas tecnologias não sejam
afetados", acrescentou a agência.
O iPhone foi um produto relativamente inovador em 2008, ajudando a revolucionar a indústria de telefonia móvel.
"A Apple nunca trabalhou com a NSA para criar um programa secreto em
algum dos nossos produtos, incluindo o iPhone. Além disso, não temos
conhecimento deste suposto programa da NSA que teria como alvo os nossos
produtos", disse a empresa em comunicado.
"Vamos continuar a usar nossos recursos para ficar à frente dos hackers
mal-intencionados e defender nossos clientes de ataques à segurança,
independentemente de quem estiver por trás deles", acrescentou a
empresa.
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