sexta-feira, 1 de março de 2013

Ação frenética e combates de espadas são o foco de "Metal Gear Rising: Revengeance"

"Vamos dançar!", diz Samuel Rodrigues, espadachim brasileiro e um dos vilões de "Metal Gear Rising: Revengeance". O convite é feito para Raiden, o ciborgue ninja protagonista do game.
A "dança" de Samuel é uma referência à luta de espadas. O termo é apropriado; em "MGRR", as batalhas são como um espetáculo de balé, em que os movimentos são plásticos e precisos, bem distintos dos outros games da série, focados em furtividade e espionagem.
Cena do game "Metal Gear Rising: Revengeance", para PS3 e Xbox 360
O jogo se passa em 2018, onde Raiden, um dos protagonistas de "Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty" e personagem de apoio em "Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots", é funcionário da Maverick, empresa privada de segurança voltada para conflitos militares.
O enredo explora o passado de Raiden como criança-soldado na Libéria e os conflitos do ninja com uma companhia rival, a Desperado, da qual Rodrigues faz parte.
Apesar de ser um "hack and slash" com mecânica semelhante à um "God of War" ou "Devil May Cry", o combate no novo "Metal Gear" foi construído para que o jogador tenha uma postura ofensiva em quase todo o tempo e ande sempre para frente. Não existe botão de bloqueio ou esquiva --para defender é preciso apontar o analógico para a direção do golpe e apertar o botão de ataque leve.
Após algum tempo necessário de adaptação, a jogabilidade se mostra divertida e com um alto nível de desafio. O Zan-Datsu, função chave do combate, desacelera o tempo para que Raiden possa fatiar com precisão partes dos corpos de ciborgues e robôs.
Cada inimigo tem um pontos específicos a serem atingidos que podem render energia, munição, pontos de atualização (para que Raiden melhore as partes mecânicas do próprio corpo).
Trechos em que é possível ser furtivo e evitar o combate são totalmente dispensáveis. Raiden é uma máquina de picotar adversários e, portanto, qualquer tentativa de esconder nas sombras não combina com um ninja ciborgue que, logo no início do game, ergue e arremessa um Metal Gear (robô-tanque de vários metros de altura) pela perna.
Armas secundárias, como lança-mísseis ou granadas não se encaixam bem no ritmo das lutas e também poderiam ser facilmente limadas do game sem prejuízo algum.
A Platinum, desenvolvedora do jogo (responsável também por "Vanquish" e "Bayonetta"), fez um ótimo trabalho na representação de um mundo ciber-futurista: os gráficos são super polidos e detalhados, embora a trilha sonora "metaleira-eletrônica" dependa muito do gosto pessoal do jogador.
"METAL GEAR RISING: REVENGEANCE"
Konami/Kojima/Platinum
LANÇAMENTO 21 de favereiro
PLATAFORMAS PlayStation 3 e Xbox 360
PREÇO R$ 199
AVALIAÇÃO ótimo

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