O Facebook está abrindo os caminhos para os anunciantes chegarem ao
número crescente de usuários de smartphones e outros aparelhos móveis,
um passo significante para aumentar o apelo da companhia em publicidade
diante das preocupações dos investidores.
A companhia, que viu o crescimento se desacelerar nos últimos meses, na
terça-feira começou a permitir aos anunciantes criarem publicidade
específicas para as versões móveis e direcionarem anúncios aos feeds de
notícias.
As duas decisões representam uma mudança significativa para o Facebook,
que restringia a presença dos anunciantes em certas áreas do site.
A rede social se tornou a primeira empresa norte-americana a estrear nos
mercados de ações com valor de mercado superior a US$ 100 bilhões, mas a
crescente preocupação quanto à incapacidade de traduzir em receita
publicitária a presença crescente dos serviços nos aparelhos móveis
ajudou o valor cair US$ 32 bilhões.
Pouco antes da oferta pública inicial de ações, diversos analistas
rebaixaram as metas financeiras para o Facebook, quando a companhia
alertou que o faturamento poderia crescer menos devido à fuga de
usuários para os aparelhos móveis.
"Para o Facebook, é um grande problema não ter conseguido monetizar a
atividade dos usuários com aparelhos móveis", disse Brian Wieser,
analista do Pivotal Research Group.
As mudanças na publicidade do Facebook acontecem enquanto os
investidores questionam o potencial de faturamento em longo prazo do
negócio básico da companhia e a efetividade das redes sociais no
marketing.
Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na segunda-feira apontou que quatro
em cada cinco usuários do Facebook nunca tinham adquirido produtos ou
serviços como resultado de publicidade ou comentários no site.
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