segunda-feira, 7 de maio de 2012

Dificuldade da Nokia pode abrir caminho para ajuda da Microsoft

Em discurso aos funcionários da Nokia em janeiro de 2011, o presidente-executivo Stephen Elop, então havia quatro meses no cargo, comparou a situação da companhia a ficar encurralado em uma plataforma em chamas.
Quase um ano e meio depois, com o smartphone Lumia longe de levantar as vendas, a condição da Nokia continua desesperadora. As ações perderam 90% em cinco anos, e três grandes agências de rating classificaram a dívida da fabricante como especulativa.
A Microsoft, onde Elop já trabalhou e cujo software é base para o Lumia, tende a parar de ajudar a Nokia e vê-la como uma porta de entrada valiosa para o mercado de celulares?
Steve Ballmer, da Microsoft (à esq.), Stephen Elop, da Nokia (centro), e Ralph de la Vega, da AT&T
Analistas atribuíram o declínio da Nokia em grande parte à resposta tardia à Apple, cujo iPhone redefiniu o mercado de smartphone em 2007. Muitos veem uma união com a Microsoft como possivelmente a última chance para dar uma reviravolta.
Para a Microsoft, a relação é importante, porque a Nokia foi a primeira grande entrada para o mercado de smartphone, após uma década de investimentos pesados. Durante esse período, outras fabricantes de celulares ou tinham que produzir o próprio software --como a Apple-- ou tinham que recorrer ao Android, do Google.
"Se a Nokia acabar em dificuldades financeiras, acredito que haverá uma ajuda", disse o analista Sami Sarkamies, da Nordea.
Nokia e Microsoft se negaram a comentar o assunto.

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