O presidente-executivo da Nokia, Stephen Elop, afirmou nesta sexta-feira
que o trabalho nos primeiros celulares inteligentes da companhia que
serão equipados com o sistema da Microsoft já começou, após a parceria
anunciada entre as empresas no mês passado.
Elop foi contratado no ano passado para salvar a Nokia da crescente
perda de importância da empresa no segmento de preço mais alto do
mercado de celulares e está sob imensa pressão para apresentar
resultados com a parceria que implementou.
O executivo deixou a Microsoft em setembro para dirigir a Nokia e disse
que não via motivos para as especulações de que a Microsoft poderia
tentar adquirir a companhia finlandesa.
"Não estou ciente de qualquer interesse estratégico da Microsoft pelo
restante de nossos negócios", afirmou. "Na medida em que a parceria que
temos foi formada em torno da porção de nossas atividades que realmente
os interessa, o que uma aquisição lhes daria a não ser um ano de
investigações antitruste, atrasos e grandes dificuldades?", disse o
executivo.
Cerca de metade das receitas da Nokia com celulares vem dos modelos mais
básicos, que são populares nos mercados emergentes. A empresa vem
enfrentando problemas para estabelecer sua marca nos Estados Unidos,
especialmente depois que a Apple lançou o iPhone.
A Nokia também chegou a considerar uma parceria com o Google, mas
rejeitou a ideia porque seria difícil diferenciar seus celulares da
multidão de outros aparelhos equipados com o sistema operacional Android
e fabricados por empresas como Samsung Electronics e HTC.
O presidente do conselho da Nokia anunciou que celulares Nokia equipados
com o Windows chegariam ao mercado em 2012, embora Elop tenha dito que
planeja produzir um modelo Windows ainda este ano.
"No momento já temos pessoas trabalhando nos primeiros celulares Nokia
com o Windows Phone. O trabalho já está em curso. Se o cenário
envolvesse uma aquisição, isso não seria possível", disse Elop.
O acordo entre Nokia e Microsoft ainda não concluído, e Elop disse que espera que isso aconteça dentro de dois meses.
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