"A tela não é tão sensível, a internet não é tão rápida, mas custa menos
da metade do original." Assim o vendedor da rua Santa Ifigênia, meca
dos eletrônicos no centro de São Paulo, apresenta o "iPad genérico",
cópia do produto da Apple, vendido a partir de R$ 660 em galerias.
De acordo com lojistas da região, o eletrônico passou a ser oferecido
logo depois do lançamento do original no Brasil. "Começamos a ter muita
procura e fomos atrás para dar opção aos clientes", diz um vendedor.
A alternativa se chama Cingular, roda o sistema operacional Android, tem
menu em português, memória interna de 2 GB -expansível até 16 GB,
segundo o dono do negócio- e nenhuma informação de procedência na caixa
do produto, que é cópia da embalagem original.
No Brasil, o tablet da Apple é comercializado por, no mínimo, R$ 1.649 -preço do produto com Wi-Fi e 16 GB.
Segundo o vendedor na rua Santa Ifigênia, o tablet é chinês, tem
internet Wi-Fi e 3G e pode ser complementado com placa de memória que
custa aproximadamente R$ 100. À reportagem ele prometeu garantia de seis
meses e nota fiscal.
A Folha testou o produto, cuja tela tem sensibilidade precária. Para
fazer com que os ícones deslizem, é preciso usar mais força que no
tablet da Apple. Por isso, o teclado do "genérico" também é mais difícil
de manusear.
O produto vendido na Santa Ifigênia, porém, acompanha conector que
permite ligar cabo de internet, opção não disponível no original. O
"genérico" também inclui câmera fotográfica.
64 GB E 3G
Nas lojas da região central da cidade, também é possível encontrar o iPad original de 64 GB e internet 3G.
A reportagem encontrou o item importado, modelo MC497LL/A, por R$ 2.800, com possibilidade de parcelar em até oito vezes.
Na Fast Shop, o produto ainda não está disponível. Na venda por telefone
feita pela Apple, o vendedor tampouco localizou o produto.
O tablet da Apple começou a ser vendido no Brasil no início deste mês.
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